terça-feira, 4 de junho de 2013

Frida, préstame tus alas.

Eu quero Frida hasta los huesos
quero coloridos sóis no meio da noite
e estrelinhas brilhantes no teto do meu quarto
pra transformarem em galáxia tudo em volta
e fazerem do céu uma coisa alcançável
(E muito menos melancólica também) fazer descer os pássaros
e quem sabe assim
a calmaria de onde não se propaga som algum me
contagia
e quem sabe eu durmo mais tranquila
embalada por um ou outro planeta

quinta-feira, 30 de maio de 2013

É triste que esse homem não me entenda e ainda não me engula inteira, que não reste nada de mim pra contar história. É triste que ele não me negue, esfregue, leve pra longe de mim. Eu ainda estou aqui esperando ser lida no capítulo 7 de rayuela, ou nas páginas de Cien Años de Soledad, porque a solidão e o amor e a cólera sou eu. Ele traz o ue ele pode, o que ele consegue (e não é muito) e ao mesmo tempo eu me pergunto se não estou exigindo desse homem o que ele nunca vai poder me dar, porque eu sou víscera e porque ele apenas é uma coisa disforme e sem nome, que não reconhece nem um palmo em frente dos olhos dele.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

una reflexión sobre la vida


por cierto,
la pequeñez del alma es lo que de más malo he encontrado en los hoyos vacíos de esa vida que se vive y se mira con los párpados semicerrados, dándole el poder al ocaso para escribir el guión de nuestrx trayectoria. Somos todxs marionetas del cosmos y tenemos todxs miedo de lo desconocido.
Usamos gafas y bebemos café y andamos por la calle con prisa. Ya no nos miramos más en el espejo, no tenemos rostro, pero todxs estamos conectadxs por esa misma telaraña. Una multitud aprisionada.

"La flor nació en el asfalto, aunque nadie pudo verla
y murió de sed
ignorada por los hombres hasta el fin de los tiempos"

y me despido

sexta-feira, 12 de abril de 2013

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Sorrio nas entrelinhas, o vento me abraça. Busco estar em sintonia com as palavras que escorregam da minha boca. Um copo de água pra curar a secura da garganta, não mais que isso. O girassol que guarda a porta está morrendo de desgosto. Mergulho e me encontro bem no fundo do delírio das raízes debaixo da terra. Luto para não me afogar, me agarro na síntese das memórias. Sorrio de novo, o presente tem gosto de amoras.

domingo, 24 de março de 2013

segunda-feira, 11 de março de 2013

sobre sentir saudades

hoje sonhei que ele ia embora
mas bem nesse momento
bem no momento em que ele estava indo
ele me acordou com um abraço
e um beijinho nas costas
disse "te amo" ao pé do ouvido
se arrumou, tomamos café
eu dei nele um outro abraço
pedi cuidado no trânsito

ele disse que estaria aqui mais tarde
pra eu não me preocupar com o jantar

fechei a porta
e ele saiu

e eu vou passar o dia todo esperando
esse "mais tarde" que nunca chega
tomar um banho
molhar as plantas
ir na rua comprar cigarro
e almoçar qualquer coisa

acho que vou pedir comida japonesa à noite
e alugar "O Labirinto do Fauno"
porque eu tenho certeza que vamos chorar os dois no final
vou fazer pipoca com calda de groselha
e dormir do lado dele
pra acordar do lado dele
e ter certeza que ele é de verdade